RÚSSIA COLONIZA O ALASCA
Em 1784, o comerciante de peles russo Grigory Chelikhov funda na ilha de Kodiak a Baía de Três Santos, o primeiro assentamento permanente da Rússia no Alasca.
Chelikhov mora lá dois anos com a mulher e cerca de 200 homens. Os índios aleutas sofrem com as doenças transmitidas pelos eurasianos.
Os europeus descobrem o Alasca em 1741, quando uma expedição da Rússia sob o comando do navegador dinamarquês Vitus Bering avista a parte continental do Alasca. A colônia fundada em 1784 serve de base para a exploração e os negócios com peles.
Quando Chelikhov volta à Rússia, em 1786, envia Alexander Baranov em 1790 para cuidar dos negócios no Alasca. Baranov cria em 1799 a Companhia Russo-Americana e amplia a área de atuação da empresa em 1812 até o que hoje é o Norte da Califórnia. Diante da reação de norte-americanos e britânicos, recua até a atual fronteira sul do Alasca.
Depois da derrota na Guerra da Crimeia (1853-56) para uma aliança da França, do Reino Unido, da Sardenha e do Império Otomano, a Rússia está quebrada e decide vender o território. Oferece ao presidente James Buchanan (1857-61), mas o início da Guerra da Secessão (1861-65) paralisa as negociações com os Estados Unidos.
Com o fim da guerra civil, em 30 de março de 1867, o secretário de Estado americano, William Seward, compra o Alasca por US$ 7,2 milhões de dólares, cerca de oito décimos de centavo por hectare. Apesar do preço irrisório, Seward é ridiculizado no Congresso. O Senado aprova o negócio em abril por apenas um voto.
A descoberta de ouro em 1896 provoca uma onda migratória. Desde a maior corrida do ouro da história da América, o Alasca, rico em recursos naturais, contribui para a prosperidade dos EUA.
EUA CRIAM PREVIDÊNCIA SOCIAL
Em 1935, durante a Grande Depressão (1929-39), o presidente Franklin Delano Roosevelt sanciona a Lei da Seguridade Social, que cria a previdência social nos Estados Unidos garantindo pensão aos aposentados e uma renda mínima para desempregados.
Roosevelt é eleito em 1932, no auge da depressão, quando o desemprego nos EUA chega a 25%, com a promessa de um New Deal, um novo pacto social para amenizar o impacto da crise e recuperar a economia do país.Ao assinar a lei, FDR manifesta "preocupação com os jovens que se perguntam qual será seu quinhão quando envelhecerem". Mesmo reconhecendo que "não podemos nunca proteger 100% dos cidadãos contra 100% dos riscos e vicissitudes", Roosevelt quer garantir uma velhice sem miséria.
A previdência social cria uma rede de proteção social para aposentados e deficientes, além de auxílios e benefícios sociais. Com a ascensão do neoliberalismo econômico a partir do governo Ronald Reagan (1981-89), a direita conservadora passou a atacar a previdência social como fonte de acomodação e desestímulo aos trabalhadores.
PRESO CARLOS, O CHACAL
Em 1994, o serviço secreto da França prende em Cartum, no Sudão, o terrorista venezuelano Illich Ramírez Sánchez, mais conhecido como Carlos, o Chacal.
Como o país não tem tratado de extradição com a França, os agentes sedam e sequestram Carlos. O governo sudanês alega que ajudou e pede para ser excluído pelos Estados Unidos da lista de países que apoiam o terrorismo.
Carlos é ligado à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), à Organização Árabe para a Luta Armada e ao Exército Vermelho. É acusado de uma série de atentados realizados entre 1973 e 1992. Em 1974, toma o embaixador da França e outras 10 pessoas como reféns em Haia, na Holanda, para exigir a libertação de Yutaka Furuya, do Exército Vermelho Japonês.
Em 27 de junho de 1975, cercado pela polícia francesa em Paris, Carlos mata dois policiais e um informante, e consegue fugir. Julgado à revelia, é condenado à prisão perpétua por estes assassinatos em junho de 1992.
Sua ação mais espetacular acontece em 21 de dezembro de 1975, quando toma 70 altos funcionários como reféns durante uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Viena, na Áustria. Carlos e seu grupo recebem um resgate estimados em US$ 25 milhões a US$ 50 milhões e escapam, depois de matar três reféns.
Na prisão, Carlos pega mais uma pena de prisão perpétua em 2011, por ataques que mataram 11 pessoas e feriram outras 150 na França, e uma terceira em 2017.
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