segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Hoje na História do Mundo: 21 de Agosto

REVOLTA DE ESCRAVOS NOS EUA

    Em 1831, Nat Turner, que se considera enviado por Deus para libertar seu povo, inicia um sangrenta revolta de escravos que mata 60 pessoas no estado da Virgínia.

Com sete aliados, Turner mata seu dono, Joseph Travis, e família. O plano é tomar o arsenal do condado, na cidade de Jerusalém, e fugir por 50 quilômetros até um pântano onde pretendia enganar seus perseguidores.

Durante dois dias e duas noites, os rebeldes atacam fazendas e arregimentam seus escravos para a luta. Cerca de 75 rebeldes matam 60 moradores brancos do Condado de Southampton.

Uma milícia estadual de 3 mil homens esmaga a rebelião quando Turner e os escravos rebelados estão a poucos quilômetros de Jerusalém. O líder escapa. É preso em outubro e enforcado em 11 de novembro em Jerusalém.

Em reação à maior revolta de escravos da história dos EUA, muitos negros inocentes são chacinados e uma série de leis repressivas proíbe o movimento negro, a reunião e a educação de escravos.

ROUBO DA MONA LISA

    Em 1911, um funcionário italiano do Museu do Louvre, em Paris, rouba o quadro mais famoso do mundo, a Gioconda ou Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, pintado em 1503.

Vincenzo Peruggia aproveita o fechamento do museu numa segunda-feira e o sono de um porteiro para arrancar o quadro da moldura e carregá-lo escondido numa jaqueta. 

Depois de deixar a Mona Lisa escondida debaixo da cama por 28 dias, o ladrão leva o quadro para a Itália por acreditar que a pintura fora roubada numa invasão de Napoleão Bonaparte, que teve a obra pendurada em seu quarto. Na verdade, o rei Francisco I comprou o quadro de Leonardo da Vinci.

Na Itália, Peruggia entra em contato com o florentino Alfredo Geri, dono de um antiquário, e pede 500 mil liras, equivalentes a R$ 440 mil ao câmbio atual, pela pintura célebre. Os dois se encontram no Hotel La Cerratani, hoje Hotel La Gioconda, em Florença. Geri leva junto Giovanni Poggio, diretor da Galeria dos Ofícios, o principal museu da cidade.

Como há muitas falsificações de obras famosas, os dois decidem verificar a autenticidade da obra. Quando veem que é autêntica, denunciam à polícia, que prende Peruggia e recupera o quadro dois anos depois do furto. Antes de voltar a Paris, a Mona Lisa é exposta na Galeria dos Ofícios, em Florença, e no Palácio Farnese e na Galeria Borghese, em Roma.

Desde então, o sorriso da Mona Lisa só saiu do Louvre para ser exposto no Museu de Arte Metropolitano, em Nova York, nos EUA, em 1963, e na Rússia e no Japão, em 1974. Desde 2005, uma caixa de vidro especial protege a obra-prima de Da Vinci, vista por uma média de 30 mil pessoas por dia.

MORTE DE TROTSKY

    Em 1940, morre o líder revolucionário comunista Leon Davidovich Bronstein, mais conhecido como Leon Trotsky, atacado na véspera na sua casa no exílio na Cidade do México pelo agente stalinista espanhol Jaime Ramón Mercader com uma picareta de alpinismo.

Trotsky nasce na Ucrânia numa família judaica. Vira marxista na adolescência e larga a Universidade de Odessa para organizar o Sindicato dos Trabalhadores do Sul da Rússia. Em 1898, é preso por suas atividades políticas. Dois anos depois, é enviado para a Sibéria. Em 1902, foge usando um passaporte falso em nome de Leon Trotsky.

Ele volta à Rússia para participar da Revolução de 1905. É preso e enviado de novo à Sibéria. Em 1907, escapa mais uma vez. Em mais uma década no exílio, Trotsky vive na Suíça, na França, na Espanha e em Nova York antes de voltar à Rússia em 1917, depois que a Revolução de Fevereiro derruba a monarquia.

Como líder do Soviete de Petrogrado, Trotsky tem um papel decisivo na Revolução de Outubro, que leva os bolcheviques ao poder. Nomeado comissário de Relações Exteriores, negocia a paz de Brest-Litovsk com a Alemanha para tirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Comissário do Povo para Assuntos Militares e Navais, cria e chefia o Exército Vermelho durante a guerra civil que se segue à Revolução Comunista. Também funda o Politburo do Comitê Central do Partido Comunista e se torna um de seus sete membros.

Depois da morte de Lenin, em janeiro de 1924, Trotsky perde a disputa pelo poder com Josef Stalin. Em 1925, deixa de ser comissário da Guerra e, em 1927, é afastado do Politburo.

Expulso da União Soviética em fevereiro de 1929, torna-se o maior crítico do stalinismo até ser morto por Mercader, um agente internacional do Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD), a polícia política da URSS no período stalinista. 

HAVAÍ VIRA ESTADO DOS EUA

    Em 1959, o presidente Dwight Eisenhower assina a proclamação que torna o Havaí o 50º estado dos Estados Unidos.

Os primeiros seres humanos chegam ao Arquipélago do Havaí no século 8 da era cristã. Os comerciantes norte-americanos começam a extrair o sândalo, uma madeira muito apreciada na China. A indústria açucareira é introduzida nos anos 1830 e se torna importante na metade do século 19. 

A presença de agricultores e missionários americanos muda a história do Havaí. Em 1893, um grupo de americanos expatriados e plantadores de açúcar depõe a monarquia. No ano seguinte, o Havaí vira protetorado dos EUA.

Depois do uso da base naval de Pearl Harbor durante a Guerra Hispano-Americana, em 1898, quando os EUA tomaram as Filipinas e a ilha de Guam, a anexação formal é aprovada. O ataque do Japão à 7ª Frota Americana em Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941 faz os EUA entrarem na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

LÍDER DA INDEPENDÊNCIA DO QUÊNIA SOLTO

    Em 1961, depois de nove anos de prisão, as autoridades coloniais britânicas libertam Jomo Kenyatta, líder do movimento pela independência do Quênia.


 Menos de dois anos depois, em 1º de junho de 1963, o Quênia conquista a independência e Kenyatta se torna primeiro-ministro e, a partir de 1964, presidente até sua morte, em 22 de agosto de 1978.

Sob Kenyatta, o Quênia adere à Organização de Unidade Africana (OUA) e à Comunidade das Nações, a antiga Comunidade Britânica, e se alia ao Ocidente durante a Guerra Fria. 

Seu governo é acusado de ditatorial, autoritário, corrupto e neocolonial ao privilegiar os kikuyos sobre outras etnias, mantendo a hierarquia social imposta pelo Império Britânico.

INDEPENDÊNCIA DA LETÔNIA

    Em 1991, no dia do colapso do golpe da linha-dura contra o presidente Mikhail Gorbachev, a Letônia declara independência da União Soviética.

A República da Letônia proclama a independência em 18 de novembro de 1918, depois da derrota da Rússia pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-18), em meio ao caos da guerra civil deflagrada pela Revolução Bolchevique.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), a União Soviética de Josef Stalin invade e anexa a Letônia com base no Pacto Germano-Soviético, assinado dias antes do início do conflito. Milhares de letões são presos, assassinados ou deportados. 

Para consolidar a anexação, a URSS promove uma migração em massa de russos, que são hoje cerca de 27% da população de 1,8 milhão de habitantes, o que gera um risco de invasão da Rússia.

Com a abertura política promovida por Gorbachev na URSS, a Frente Popular da Letônia é fundada em Riga, 8 de outubro de 1988, para lutar pela independência.  

A Letônia entra para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 29 de março de 2004 e para a União Europeia em 1º de maio do mesmo ano. 

É um dos países mais determinados da aliança militar liderada pelos Estados Unidos no apoio contra a invasão da ex-república soviética da Ucrânia pela Rússia.

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