O presidente Barack Obama quer impor limites ao risco dos bancos dentro da reforma da regulamentação do setor financeiro dos Estados Unidos.
Obama anunciou agora há pouco as propostas, que restringem o volume e as atividades dos grandes bancos, separando mais uma vez bancos de investimentos, que podem fazer apostas arrojadas, dos grandes bancos comerciais com depósitos populares cobertos por seguro federal.
Os grandes bancos comerciais não poderão mais criar, patrocinar e investir em fundos de hedge, que serve para proteger empresas de variações cambiais ou de taxas de juros, e fundos de private equity, que só aplicam em empresas fechadas e são uma importante fonte de recursos para novas empresas.
Um dos objetivos é acabar com empresas consideradas grandes demais para falir porque poderiam arrastar junto o resto da economia.
Ao lançar a proposta, o presidente declarou guerra aos especuladores de Wall Street, o centro financeiro de Nova York. Ele disse estar pronto para enfrentar os lobbies que estariam aumentando a pressão sobre o Congresso em Washington para deixar tudo como está.
Com o banco Goldman Sachs anunciando lucro de US$ 4,95 no quatro trimestre do ano passado e de US$ 13,4 bilhões em 2009 como um todo, e reservando bilhões para pagar bônus a seus funcionários, Obama lançou sua proposta de regulamentação financeira, sob a orientação do ex-presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, Paul Volcker, que estava atrás dele no anúncio.
A batalha agora é fazer o Congresso transformar o projeto em lei.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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