segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Juíza argentina tira urgência do caso do BC

A juíza argentina María José Sarmiento manteve hoje a suspensão de dois decretos da presidente Cristina Kirchner - um demitindo o presidente do Banco central e outro determinando o uso das reservas cambiais do país para pagar dívidas - e tirou a urgência do caso. Assim, o processo só terá solução daqui a uma semana.

Hoje, a presidente insistiu na proposta de usar as reservas para reduzir a dívida, alegando que assim as empresas argentinas terão mais facilidade para obter financiamento externo e a juros menos.

O governo da Argentina quer criar um fundo de US$ 6,5 bilhões para pagar e renegociar dívidas, de modo a melhorar o crédito externo do país. Na semana passada, depois que o presidente do BC, Martín Redrado, se recusou a transferir o dinheiro para o orçamento federa, Cristina Kirchner o demitiu por decreto, gerando uma crise institucional no país.

Como o banco central argentino é independente, o afastamento de seu presidente exige a aprovação do Congresso.

A oposição alega que o governo quer mesmo é mais dinheiro para aumentar os gastos públicos e melhorar suas chances para as eleições de 2011, quando será eleito o sucessor de Cristina. O candidato governista deve ser o ex-presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina, que para muita gente é quem manda de fato na Argentina.

O economista Martín Redrado, reconduzido pela Justiça à presidência do BC argentino, declarou hoje ter todas as ferrramentas necessárias para "manter a estabilidade financeira e a previsibilidade cambial durante a crise".

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