sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

OMS adverte para ameaça de doenças no Haiti

As doenças são a maior ameaça aos sobreviventes do terremoto de 12 de janeiro de 2010 no Haiti. Hoje, a Organização Mundial da Saúde alertou para o aumento da incidência de diarreia, tétano e varíola.

Pelas últimas estimativas, cerca de 170 mil pessoas morreram e pelo menos um milhão estão desabrigados, com dificuldade para conseguir água, comida e tratamento médico.

Antes do grande terremoto, só 58% das crianças haitianas estavam vacinadas. Na próxima semana, as Nações Unidas pretendem lançar uma grande campanha de vacinação. No momento, só a metade da população, de 9 milhões de habitantes, tem acesso a água limpa e apenas 19% tem ligação com a rede de esgotos.

Ainda falta suprimentos médicos em Porto Príncipe. Alguns hospitais improvisados fazem até cem amputações por dia sem anestesia nem antibióticos para o pós-operatório.

Hoje, chegaram novas equipes médicas da Itália e do Brasil.

A Marinha dos Estados Unidos quer montar um hospital de campanha com 3 a 5 mil leitos para aliviar a sobrecarga do navio-hospital Comfort, que está operando na sua capacidade máxima.

Ontem, 16 dias depois do terremoto, uma fábrica de tecidos voltou a funcionar na capital haitiana. Os bancos reabriram, mas as filas imensas aumentam a frustração de um país arrasado pela tragédia. A polícia conseguiu recapturar dezenas de presos que fugiram da cadeia depois do terremoto, mas milhares continuam soltos.

A identidade culturam também está ameaçada. O pequeno Museu de Arte que abriga as principais obras de artistas haitianos foi abalado e o diretor teme entrar no prédio para resgatar quadros e esculturas.

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