Por 70 votos contra 30, o Senado dos Estados Unidos manteve o economista Ben Bernanke na presidência da Reserva Federal (Fed), o banco central americanos, por um segundo mandato de quatro anos.
Bernanke, um especialista na Grande Depressão (1929-39) tomou medidas importantes para impedir que a recessão mundial se transformasse numa nova depressão. Mas seus críticos o acusam de não ter percebido o tamanho e o perigo da crise antes que ela explodisse, quando o Fed e o Tesouro dos EUA decidiram não salvar o banco Lehman Brothers, em 14 de setembro de 2008.
No dia seguinte, o mercado começou a desabar. Quando a megasseguradora AIG (American International Group) virou a bola da vez, as autoridades econômicas americanas decidiram abandonar a supremacia do mercado. Decidiram combater os especuladores que apostavam contra empresas em estado pré-falimentar.
A AIG foi considerada grande demais para quebrar. Estava envolvida em todo o tipo de seguro, pessoal, de carro, casa e, a partir daí, também de títulos e dívidas hipotecárias, e todo o tipo de operação financeira.
Ao transformar o Fed em agente ativo da economia dos EUA, Bernanke rompeu com uma certa sacralidade do banco central, usando-o como instrumento de combate à crise.
Neste sentido, na hora mais difícil, ele acertou. Por isso, ganhou o prêmio de Homem do Ano de 2009 da revista Time e foi indicado pelo presidente Barack Obama para ficar mais quatro anos no Fed.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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