Uma reação do ex-presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle no fim da campanha torna imprevisível o resultado do segundo turno da eleição presidente no Chile, disputado hoje por ele e o multimilionário Sebastián Piñera.
Para evitar a primeira vitória da direita chilena desde 1958, a presidente Michelle Bachelet entrou com força na reta final da campanha. Depois de um início difícil, ela termina o governo com 80% da aprovação.
A última pesquisa que vi dava 50,9% para Piñera e 49,1% para Frei.
Frei foi um presidente medíocre. Só conseguiu a candidatura da Concertação, a ampla aliança de centro-esquerda que derrotou a ditadura do general Augusto Pinochet em 1988, depois das desistências do ex-presidente Ricardo Lagos e o atual secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Piñera fez fortuna mas não teve ligação direta com a ditadura de Pinochet. Mesmo assim, o apoio de grupos pinochetistas faz o terceiro candidato mais votado, o jovem dissidente socialista Marco Enríquez Ominami anunciar a adesão a Frei na semana passada, alegando que suas posições são inconciliáveis com as da direita.
O governo também inaugurou um memorial em homenagem às vítimas da ditadura militar no Chile, acusada por 3.105 mortes e desaparecimentos de pessoas, e de torturar centenas de milhares de chilenos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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