Às 19h53 de hoje, pelo horário de Brasília, uma cerimônia na sede das Nações Unidas em Nova York lembrou o momento exato em que a terra tremeu no Haiti, há uma semana.
O terremoto de 7 graus na escala Richther arrasou a capital, Porto Príncipe, e uma área onde vivem cerca de 3 milhões de pessoas. As estimativas do total de mortos chegam a 200 mil, mas as estatísticas do país não são confiáveis.
Na manhã de hoje, a polícia haitiana deu tiros para dispersar populares que saqueavam as ruínas de uma loja de materiais de construção.
Mais uma mulher foi resgatada viva dos escombros da catedral, que desabou e pegou fogo. O total de pessoas tiradas dos escombros por equipes estrangeiras especializadas passa de 90.
Uma semana depois, cadáveres continuam jogados pelas ruas. A população toma a iniciativa de incendiar alguns corpos para prevenir epidemais.
No Aeroporto Toussaint Louverture, soldados da missão de paz da ONU foram obrigados a usar a força para pôr alguma ordem na distribuição de comida. O Programa Mundial de Alimentos já distribuiu 200 toneladas para cerca de 90 mil pessoas.
Em Nova York, depois que o Conselho de Segurança aprovou o reforço da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) com mais 1,5 mil soldados e 2 mil policiais, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, disse que foram montados 15 centros de distribuição de comida para atingir 1 milhão de pessoas ainda nesta semana e 2 milhões dentro de duas semanas.
Um comando de elite de paraquedistas do Exército dos EUA ocupou o palácio presidencial, que está em ruínas, e distribuiu água à população.
Com o aeroporto e o espaço aéreo haitianos sobrecarregados, militares americanos tentam recuperar o porto, que já recebeu algumas barcaças, para criar outros canais para receber ajuda. A ONU também quer abrir corredores de ajuda humanitária vinda da República Dominicana.
Quem pode está fugindo da capital do Haiti. Os EUA aceleraram o processo de adoção de órfãos hiatianos. Algumas crianças saem da miséria para começar vida nova no país mais rico do mundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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