Com medo da inflação depois de uma desvalorização em 50% do bolívar, a moeda nacional, os venezuelanos correram às compras hoje, na expectativa de que amanhã os preços estarão mais caros.
Diante da uma inflação de 28% no ano passado e de uma recessão iniciada no segundo trimestre de 2009, o presidente Hugo Chávez anunciou na sexta-feira uma maxidesvalorização da moeda que aumentou em 100% o preço do dólar, de 2,50 para 4,30 bolívares. Também criou um fundo de US$ 1 bilhão para combater a recessão e promete uma luta sem trégua contra especuladores e remarcadores de preços.
O presidente convocou o governo, especialmente as Forças Armadas e a Guarda Nacional, e a sociedade venezuelana como um todo para a guerra contra a inflação. Ameaça ocupar as lojas que aumentarem os preços. Mas os venezuelanos, que enfrentam a segunda inflação mais alta do mundo, preferiram ir logo às compras.
Fredy Rodríguez, um consumidor ouvido pela agência de notícias Reuters, disse que estava comprando eletrodomésticos agora porque teme não ter dinheiro para comprar amanhã, já que os preços tendem a aumentar, mas não os salários.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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