Com os dois candidatos praticamente empatados a quatro dias do segundo turno da eleição presidencial no Chile, o independente que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, Marco Enríquez Ominami, apoiou ontem oficialmente o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle, da Concertação, a aliança de centro-esquerda que derrotou a ditadura do general Augusto Pinochet, há 22 anos.
O favorito ainda é o empresário Sebastián Piñera, homem mais rico do país e candidato da direita, que pode vencer a eleição presidencial pela primeira vez desde 1958.
Na última pesquisa, Piñera teve 50,9% das preferências contra 49,1% para Frei, uma diferença de 1,8 ponto percentual que caracteriza o chamado empate técnico. Com o apoio de Ominami e a inauguração de um memorial às vítimas da ditadura de Pinochet (1973-90), talvez possa haver uma mudança na reta final.
Piñera nunca teve ligação direta com a ditadura, mas tem o apoio de aliados de Pinochet. Ominami, filho de um guerrilheiro morto pelos militares, alegou não poder compactuar com cúmplices do assassinato de seu pai, dizendo que os separa "um abismo irreconciliável", "além das ideias, a História".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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