Por 67% a 33% dos votos válidos, a Irlanda aprovou hoje num segundo plebiscito o Tratado de Lisboa, que consolida os tratados constitutivos da União Europeia, substituindo o projeto de Constituição da Europa, rejeitando em 2005 pela França e a Holanda.
Seu objetivo é melhorar a governabilidade da UE, hoje com 27 países-membros.
"O resultado da votação de hoje é uma declaração de intenções de permanecer integrado na UE", festejou o primeiro-ministro Brian Cowen.
Quando a Irlanda, cuja Constituição exige a realização de plebiscitos para ratificação de tratados europeus, rejeitou o Tratado de Lisboa, no ano passado, o processo de integração europeia entrou em crise.
Não foi a primeira vez. Em 1992, a Dinamarca reprovou o Tratado de Maastricht, que criou a UE.Em 2001, a própria Irlanda rejeitou o Tratado de Nice. Ambos entraram em vigor depois de novos referendos.
Agora, 25 dos 27 países-membros da UE aprovaram o Tratado de Lisboa. Faltam ainda as assinaturas dos presidentes da Polônia e da República Tcheca, dois nacionalistas de direita eurocéticos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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