Um ex-guerrilheiro que passou 14 anos na prisão da ditadura militar do Uruguai é o favorito para a eleição presidencial deste domingo. Mas as pesquisas indicam que deve haver segundo turno, em 29 de novembro.
O senador José Mujica, da Frente Ampla, de esquerda, lidera as pesquisas com 44% das preferências, seguido pelo ex-presidente conservador Luis Alberto Lacalle, do Partido Nacional ou blanco. Cerca de 10% estão indecisos.
Ao encerrar a campanha, em Tacuarembó, Mujica delcarou que o Uruguai vive hoje uma batalha de opiniões e não uma guerra civil como nos anos 60 e 70. Depois das eleições, o país volta a ser um só, afirmou ele.
Para o cientista político Gerardo Caetano, a grande força de Mujica está na comunicação franca e direta com o cidadão comum. Isso já lhe criou problemas, quando ofendeu os argentinos, chamando-os de "imbecis".
Os uruguaios também elegem no domingoi 30 senadores e 99 deputados, além de votarem num plebiscito sobre a revogação da Lei de Anistia para os crimes cometidos pela ditadura militar de 1973 a 1985. Caetano prevê que a Frente Ampla se consolide como a principal força política uruguaia, aumentando sua bancada parlamentar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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