Em uma manobra para ganhar tempo, o líder sérvio da Bósnia-Herzegovina durante as guerras que destruíram a Iugoslávia, Radovan Karadzic, decidiu não comparecer a seu próprio julgamento, que teria início hoje no Tribunal Especial das Nações Unidas para a Antiga Iugoslávia.
Karadzic foi denunciado por 11 acusações, inclusive de genocídio e crimes contra a humanidade, pelo massacre de 7 mil pessoas em Srebrenica e por 12 mil mortes durante o cerco de Sarajevo, a capital do país. Ele alegou não ter tempo para preparar sua defesa.
Na Bósnia, vítimas dos campos de concentração e parentes dos mortos por paramilitares sérvios protestaram, alegando que o réu não pode ditar os termos de seu próprio julgamento.
O tribunal enfrenta pressões para ser justo e ao mesmo tempo punir os crimes horrendos ocorridos nas guerras que destruíram a Iugoslávia. Seu principal réu, o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic morreu de coração na prisão do tribunal antes de ser efetivamente condenado pelos crimes de guerra que lhe são atribuídos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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