NOVA YORK - Em uma tentativa de conquistar apoio nos Estados Unidos, o governo golpista de Honduras contratou lobistas por US$ 400 mil, revela hoje o jornal The New York Times. São assessores e empresas de advocacia ligadas à secretária de Estado, Hillary Clinton, e ao senador John McCain, derrotado por Barack Obama na eleição presidencial do ano passado.
Vários desses lobistas, como os ex-secretários de Estado adjuntos para a América Latina Elliot Abrams e Otto Reich, tem um passado de luta contra a esquerda latino-americana durante a Guerra Fria. Eles veem a crise hondurenha como uma batalha crucial contra a influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na região.
Os EUA são o maior parceiro comercial de Honduras. Sua pressão pode ser decisiva para derrotar o golpe de 28 de junho de 2009.
Desde a primeira tentativa do presidente deposto, José Manuel Zelaya de voltar ao país sem um acordo, Hillary criticou-o, acusando-o de agir irresponsavelmente, com risco de acirrar o conflito e causar derramamento de sangue.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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