O novo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, nomeou o ex-ministro das Finanças Trevor Manuel para uma nova comissão de planejamento estratégico destinada a promover o desenvolvimento socioeconômico e a inclusão social, atacando a herança maldita da ditadura de maioria branca.
Quinze anos depois do fim do regime segregacionista do apartheid, com a eleição de Nelson Mandela, a desigualdade do país é enorme. É a principal causa da impopularidade do ex-presidente Thabo Mbeki, deposto no ano passado por Zuma sob a acusação de pressionar a Procuradoria Geral e o Poder Judiciário nos processos de corrupção contra o novo presidente. Todos foram anulados antes das eleições de 22 de abril.
Em entrevista em Pretória, a capital sul-africana, o novo presidente não quis prever a reação do mercado financeiro. Mas as nomeações de Manuel para superministro do Planejamento e do ex-secretário da Receita Federal Pravin Gordhan para ministro das Finanças indicam uma continuidade da política macroeconômica.
Além do desafio da inclusão social, o governo Zuma terá de enfrentar a primeira recessão em 17 anos na África do Sul. Para vice-presidente, Zuma nomeou o ex-presidente interino Kgalema Mothlante, que tinha colocado no lugar de Mbeki.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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