terça-feira, 12 de maio de 2009

Papa tenta construir pontes entre religiões

No segundo dia de sua primeira visita a Israel, o papa Bento XVI visitou lugares sagrados das três grandes religiões do Oriente Médio: o cristianismo, o islamismo e o judaísmo. Mas a tentativa de construir pontes entre as culturas esbarrou na herança do massacre de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

O discurso do papa ontem no Memorial do Holocausto foi duramente criticado em Israel, entre outros motivos porque ele falou em mortes e não assassinatos.

Para o presidente da Knesset, o parlamento israelense, Bento XVI não se identifica com as vítimas do Holocausto.

Quando o porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi, negou que o jovem Joseph Ratzinger, nome de batismo do papa, tenha participado da Juventude Nazista, atrapalhou ainda mais. Bento XVI já admitiu isso, alegando ter sido obrigado.

Hoje, o papa começou o dia visitando a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, de onde o profeta Maomé teria subido ao céu.

Ao lado do mufti, o patriarca muçulmano de Jerusalém, Bento XVI foi o primeiro papa a entrar no Domo do Rochedo, a Mesquita Dourada.

Depois, ao Muro das Lamentações, a ruína do templo judaico da Velha Jerusalém, destruído no ano 70 depois de Cristo por uma invasão romana.

Em seguida,Bento XVI fez orações no local onde Jesus Cristo fez a última ceia e rezou missa no Horto das Oliveiras, onde Jesus foi preso na Quinta-Feira Santa. No sermão, o papa lembrou que a cidade sagrada para três religiões deve ser uma "cidade de paz".

Amanhã, Bento XVI visita Belém, na Cisjordânia ocupada, e reza missa na Praça da Mangedoura, diante da Igreja da Natividade, construída no local onde nasceu Jesus Cristo.

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