terça-feira, 12 de maio de 2009

Papa pede que Holocausto jamais seja esquecido

Depois de uma visita à Jordânia em que denunciou a manipulação da religião por motivos políticos, o papa Bento XVI chegou hoje a Israel, onde defendeu a criação de uma pátria para o povo palestino dentro do processo de paz do Oriente Médio e pediu ao mundo que jamais "negue, diminua ou esqueça" o massacre de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Imediatamente, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) rejeitou a proposta. A visita papal provoca críticas. Em Nazaré, um líder da comunidade árabe criticou a visita à cidade, alegando que Bento XVI ofendeu os muçulmanos há três anos quando citou um pensador do século 14 para descrever o Islã como uma religião guerreira.

Um deputado israelense da linha dura recordou que o jovem Joseph Ratzinger, nome de batismo de Bento XVI, pertenceu à Juventude Nazista, embora na época ele não tivesse escolha. Outra crítica é que ele reabilitou um bispo tradicionalista, Richard Williamson, que nega o Holocausto.

Diante da reação internacional, o Vaticano alegou que não conhecia as posições do bispo rebelde. Ele e outros tradicionalistas permanecerão excomungados enquanto não aceitarem as decisões do Concílio Vaticano II (1962-65), que os obriga a reconhecer e a respeitar as outras religiões.

No Memorial do Holocausto, lendo os nomes das vítimas da Alemanha de Hitler, Bento XVI declarou que elas perderam a vida, mas seus nomes nunca serão esquecidos. O papa pediu que "o sofrimento das vítimas jamais seja negado, diminuído ou esquecido".

Nenhum comentário: