Os Estados Unidos estão fechando novos acordos de venda de armas e de ajuda militar a seus principais aliados no Oriente Médio - Arábia Saudita, Egito e Israel - para conter o terrorismo e aumentar a estabilidade na região, anunciou na segunda-feira a secretaria de Estado, Condoleezza Rice, na véspera de iniciar uma nova viagem ao Oriente Médio, em companhia do secretário da Defesa, Robert Gates.
Um dos objetivos é conter o Irã e a expansão do xiismo. O valor total chega a US$ 33 bilhões só para a Arábia Saudita e o Egito, os principais aliados árabes dos EUA.
A secretaria de Estado descreveu os acordos e a venda de armas como "um compromisso renovado com a segurança de nossos parceiros estratégicos na região". Além da Arábia Saudita, do Egito e de Israel, serão contempladas as demais monarquias petroleiras do Golfo Pérsico.
"Este esforço vai ajudar as forças moderadas em apoio a uma estratégia mais ampla para conter as influências negativas d'al Caeda, do Hesbolá, da Síria e do Irã", declarou Rice em nota distribuída aos jornalistas.
Rice e Gates começam a viagem pelo Egito e a Arábia Saudita, onde vão se reunir com os aliados árabes "para discutir maneiras de etsabilizar o Iraque", explicou a secretária. Mas críticos da política externa de Bush no Congresso acusaram o governo dos EUA de ingenuidade, alegando que a Arábia Saudita tem ajudado a fomentar a ação de grupos guerrilheiros sunitas.
Depois Rice segue para Jerusalém e Ramala, na Cisjordânia, para continuar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.
Os EUA devem fechar um acordo para a venda de US$ 20 bilhões em armas à Arábia Saudita e concluir um acordo de ajuda militar a Israel no valor de US$ 30 bilhões em 10 anos. Também estão iniciando negociações com o Egito para um pacote de modernização das Forças Armadas de US$ 13 bilhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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