O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, dará uma entrevista em poucas horas. Até o momento, nega-se a renunciar à liderança do Partido Liberal-Democrata e à chefia do governo, apesar da fragorosa derrota nas eleições para o Senado. O PLD perdeu 55 cadeiras. Antes do fim da apuração, o Partido Democrático do Japão, o principal da oposição, tinha garantido 109 cadeiras e a coalizão do PLD com o Komeito, pouco mais de 80.
Desde que foi fundado, em 1955, como uma aliança de forças conservadoras, o PLD nunca tinha perdido a maioria no Senado. Perdeu na Câmara, em 1993-94, num curto período em que o PLD não governou o Japão. Assim, o presidente ou líder do PLD é automaticamente o primeiro-ministro.
Daqui a dois anos, haverá eleições para a Câmara, que tem mais poderes, inclusive o de formar o governo porque representa o povo. A dúvida é se os deputados do PLD querem enfrentar uma eleição com um líder que sofreu uma derrota como a de Shinzo Abe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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