sexta-feira, 20 de julho de 2007

Bush proíbe a tortura mas não muito

O presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, decretou novas regras para o interrogatório de suspeitos de terrorismo que proíbem vagamento o "tratamento cruel e desumano", inclusive o abuso sexual, mas permitem "medidas duras" que não são claramente definidas. A maior parte do documento é secreta.

É uma tentativa da Casa Branca de acalmar as críticas internas e externas à política de detenção de suspeitos de terrorismo sem denúncia formal nem culpa forma por prazo indeterminado, e ao uso de técnicas de tortura para obter informações, como choques elétricos, nudez, abuso sexual, ameaça de ataque de cães, desrespeito à religião, entre outras coisas.

O programa tem seu maior símbolo no centro de detenção instalado na base naval de Guantânamo, um um enclave americano em Cuba, para onde os presos na guerra do Afeganistão começaram a ser levados no início de 2002. Há denúncias de abusos e tortura nas prisões de Bagram, no Afeganistão, e de Abu Ghraib, no Iraque. Nesta última, os próprios torturados fizeram fotos que correram o mundo, provocando indignação e abalando o prestígio dos EUA.

Esses presos foram colocados num limbo jurídico. Por terem sido levados não para território americano mas para uma base naval que os EUA mantêm na ilha há cinco anos, negando-lhes a proteção garantida pelas Convenções de Genebra.

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