segunda-feira, 9 de julho de 2007

Strauss-Kahn é favorito para dirigir o FMI

O ex-ministro das Finanças da França Dominique Strauss-Kahn, indicado pelo presidente Nicolas Sarkozy, foi considerado favorito pelo jornal inglês Financial Times, principal diário econômico-financeiro da Europa, para ser o próximo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), em substituição ao espanhol Rodrigo de Rato, que deixa o cargo em outubro.

Em entrevista ao Journal du Dimanche, Sarkozy disse que Strauss-Kahn seria um "bom candidato europeu". Tradicionalmente, os Estados Unidos apontam o presidente do Banco Mundial e a Europa o diretor-geral do FMI, num acordo cada vez mais contestado.

"Para obter o posto é necessário ter forte credibilidade, experiência incontestável e ser poliglota - e Dominique Straus-Kahn tem essas qualidades", declarou Sarkozy.

Strauss-Kahn se apresentou como candidato à liderança do Partido Socialista, desafiando a candidata presidencial do partido, Ségolène Royal. Sua proposta de modernização é trazer o socialismo francês para o centro, para uma social-democracia, na tentativa de dar uma resposta aos desafios da globalização.

Ao indicar o ex-ministro para o FMI, em Washington, Sarkozy se livra a curto prazo de um poderoso adversário.
Sem Strauss-Kahn, a reforma para trazer o PS para o século 21 pode se esvaziar; o presidente teria um adversário mais fraco e menos elegível. Mas alguns analistas observam que o sucesso no FMI restituiria Strauss-Kahn à política francesa e européia em condições de desafiar Sarkozy na próxima eleição presidencial, 2012.

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