O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou hoje um novo confinamento no Sul e no Sudeste da Inglaterra para tentar conter a transmissão de uma mutação do coronavírus de 2019 que descreveu como 70% mais contaminante do que cepas anteriores. As medidas devem durar duas semanas.
"Parece que esta propagação está sendo alimentada por uma nova variante do vírus transmitida muito mais facilidade", justificou Johnson. "Nada indica que seja mais letal", mas o governo britânico teme que seja resistente à vacina que começou a aplicar em 8 de dezembro. Cerca de 62% dos novos contágios em Londres são pela nova cepa.
As academias de ginásticas e as lojas de produtos não essenciais serão fechadas. As festas de Natal foram limitadas ainda mais. O País de Gales também está sob ataque do vírus mutante. Na Irlanda do Norte, será imposto um confinamento a partir de 26 de dezembro.
O Reino Unido passou a marca de 2 milhões de casos confirmados. Tem 67.075 mortes até agora.
Com mais 678 mortes e 48.758 casos novos registrados neste sábado, o Brasil soma agora 186.365 óbitos e 7.212.670 casos confirmados da covid-19. A média diária de mortes dos últimos sete dias está em 746.
Totalmente alheio à realidade, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não tem pressa de gastar os R$ 20 bilhões destinados à compra de vacinas porque "a pandemia realmente está chegando ao fim." Na sua opinião, "a pressa para a vacina não se justifica", disse, em conversa com o filho Eduardo Bolsonaro, citado pelo jornal Estado de São Paulo.
Nos Estados Unidos, houve 251.447 casos novos na sexta-feira, o segundo maior número, alta de 19% em duas semanas, e 2.815 mortes, alta de 26% em duas semanas. O país soma até agora 17.655.588 casos confirmados e 313.216 mortes.
A Itália anunciou um novo confinamento de 23 de dezembro a 7 de janeiro. A Alemanha e a Holanda suspenderam na quarta-feira todas as atividades não essenciais até o início de janeiro.
Pela primeira vez, a Suécia tornou obrigatório o uso de máscaras nos transportes públicos nas horas de maior movimento.
Ao receber hoje o Prêmio Nobel da Paz deste ano, o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos (PMA), David Beasley, advertiu que "270 milhões de pessoas estão caminhando em direção à fome". O PMA foi agraciado neste ano.
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