domingo, 13 de dezembro de 2020

Medicamento antiviral mulnopiravir dá esperança de cura da covid-19

 Pela primeira vez, um medicamento tomado por via oral parece ser capaz de bloquear a ação do vírus SARS-Covid-2, responsável pela pandemia que infectou mais de 72,2 milhões de pessoas e matou 1.611.758 em cerca de um ano, concluiu uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos.

"O mulnopiravir pode mudar as regras do jogo", declarou o Richard Pempler, principal autor do estudo publicado na revista Nature. A pesquisa constata que o medicamento ajudou, em 24 horas, a reduzir e prevenir danos graves em cobaias infectadas com o novo coronavírus.

Diante do sucesso das experiências relatadas na Nature, o Conselho de Pesquisa Científica e Industrial da Índia está realizando testes em seres humanos, informou a revista indiana India Today.

Até agora, não há medicamentos considerados capazes de vencer a covid-19. O remdesivir, usado contra o vírus ebola, foi administrado em casos graves, mas hoje médicos, cientistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) entendem que não reduz o tempo de hospitalização e a gravidade da doença. 

A cloroquina e a hidroxicloroquina são consideradas ineficazes. Mesmo assim, o governo Jair Bolsonaro gastou R$ 250 milhões para oferecer o chamado "tratamento precoce" através da Farmácia Popular

A dexametasona, um corticoide, apresentou bons resultados em casos graves, diminuindo o tempo de hospitalização e as mortes.

Outro tratamento, aplicado no presidente Donald Trump, usa anticorpos monoclonais, produzidos por um único clone de um único linfócito B parental. Na época da doença de Trump, o custo do tratamento foi estimado em US$ 100 mil, pouco mais de R$ 500 mil.

Depois de 300 mil mortes, os Estados Unidos começam nesta segunda-feira a vacinação contra o coronavírus de 2019. Desde o início da pandemia, o país 16,252 milhões de casos confirmados. 

No sábado, foram 207.444 casos novos, com alta de 28% em duas semanas, e um recorde de 3.309 mortes. De acordo com o jornal The New York, há 109.487 pessoas hospitalizadas nos EUA, uma aumento de 19% em duas semanas.

No Brasil, mais 270 mortes e 21.935 casos novos foram notificados neste domingo. O país soma agora 181.419 mortes e 6,9 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias está em 637, com alta de 23% em duas semanas. A média diária de novos diagnósticos está em 42.721, com alta de 20% em duas semanas. Pelo 11º dia seguido, está acima de 40 mil, noticia o G1, portal de notícias da TV Globo.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) deu 48 horas para o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, marcar as datas para o início e o fim do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19.

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