A polícia de Nashville, no estado do Tennessee, identificou hoje como Anthony Quinn Warner o terrorista suicida que explodiu um trêiler-bomba às 6h30 da manhã de Natal no centro da cidade. Os agentes ainda investigam as motivações do atentado. Mais de dois terços das ações terroristas nos últimos nos Estados Unidos foram cometidas por extremistas de direita.
Antes da explosão, uma voz que a princípio se supunha ser de uma gravação advertiu as pessoas a se afastarem do veículo. Três pedestres saíram feridos e mais de 40 lojas foram danificadas pela explosão. A polícia chegou a suspeitar de alguma ligação internacional, mas a pacata Nashville, centro da música sertaneja nos EUA, não parece um lugar para grandes atentados.
As imagens, divulgadas hoje pela polícia, foram publicadas no jornal venezuelano El Diario. No primeiro momento, as autoridades acreditavam que ninguém havia morrido. Depois, descobriu entre os escombros os restos mortais de Warner e fez um exame de DNA (ácido desoxirribonucleico) para confirmar sua identidade.
Vários vizinhos do terrorista na cidade de Antioch, no Tennessee, situada a 16 quilômetros a sudeste do local da explosão, o descreveram como uma pessoa reclusa. Ele era solteiro e raramente saía de casa. Morou anos com os pais e depois vivia sozinho. Foi dono de uma companhia de alarmes, protegia sua casa com várias câmeras de segurança e não aceitou um convite para participar de uma ceia de Natal na vizinhança. Não respondia nem a acenos dos vizinhos.
Como o pai, "ele gostava de fones e de eletrônica", contou o primo Robert Warner, que declarou não falar com o terrorista há dez anos. Depois que o pai morreu, em 2011, Anthony passou a morar sozinho.
Steve Schmoldt, morador da casa ao lado, falou que ele tinha cachorros e uma ou outra vez conversaram sobre animais de estimação. Sua mulher levou uma ceia de Natal a Warner, mas ele não abriu a porta. Três semanas atrás, viu o vizinho subir numa escada para trabalhar numa grande antena que tinha em casa.
Uma imobiliária de Nashville revelou que Warner trabalhou para ela durante 15 anos como assessor de segurança eletrônica. No início do mês, anunciou sua aposentadoria. "O Tony Warner que eu conheci era gente boa e nunca teve qualquer comportamento que não fosse profissional", declarou Steve Fridrich, sócio da empresa.
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