domingo, 27 de dezembro de 2020

Trump sanciona plano de estímulo e orçamento dos EUA

 Depois de chamar de "desgraça" e de ameaçar vetar o plano de estímulo à recuperação econômica da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus e o orçamento federal dos Estados Unidos, exigindo mudanças no projeto aprovado no Congresso, o presidente Donald Trump sancionou a lei hoje à noite na sua mansão na Flórida. Evitou assim a paralisação do governo a partir do dia 29 de dezembro e autorizou a concessão de um auxílio-desemprego extra para 14 milhões de americanos.

Durante uma semana, o presidente segurou a sanção do projeto, que incluiu um orçamento de emergência de US$ 900 bilhões (R$ 4,662 trilhões) e mais US$ 1,4 trilhão (R$ 7,252 trilhões) para financiar o governo federal dos EUA até setembro de 2021, quando termina o atual ano fiscal. 

Trump chegou a exigir um aumento de US$ 600 (R$ 3.108) para US$ 2 mil (R$ 10.360) na ajuda direta a quem ganha até US$ 75 mil por ano. A oposição democrata tentou aprovar a mudança, mas não obteve o apoio do Partido Republicano, liderado por Trump. Agora, os cheques podem chegar nesta semana.

Em declaração divulgada depois de assinar a lei, o presidente afirmou que "muito mais dinheiro está vindo, eu nunca vou abandonar minha luta pelo povo americano". Trump ainda insiste em que venceu a eleição presidencial de 3 de novembro e tenta se articular com deputados e senadores fiéis para tumultuar o recebimento pelo Congresso, em 6 de janeiro, do resultado da votação no Colégio Eleitoral.

"O atraso sem sentido na aprovação da legislação de alívio custou a milhões de americanos uma semana de auxílio-desemprego relativo à pandemia de que eles precisam desesperadamente", declarou o presidente da Comissão de Finanças da Câmara, Richard Neal. "Sua obstrução só intensificou a ansiedade e a dureza para trabalhadores e famílias que sofrem com os danos colaterais de seu jogo político. Agora, as pessoas terão de esperar um pouco mais pela chegada da ajuda direita e de outros benefícios vitais."

A 23 dias da posse do presidente eleito, Joe Biden, o presidente em fim de mandato tem cada vez menos poder, mas ainda pode criar problemas para o futuro governo. Numa afronta à Justiça, deu indulto a 46 amigos, congressistas corruptos e criminosos de guerra.

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