Cerca de 450 mil pessoas participaram ontem à
noite, em várias cidades, da maior manifestação de massa da História de Israel,
para exigir do mais justiça social do governo conservador, informa o jornal
liberal israelense Haaretz.
O maior protesto reuniu 300 mil pessoas em Telavive.
“Sr. primeiro-ministro, os novos israelenses tem um sonho simples: tecer
a história de nossas vidas em Israel. Esperamos que o Sr. nos deixe viver neste
país”, declarou a presidente da União Nacional de Estudantes de Israel, Itzik
Shmuli, ao falar para a multidão reunida na Praça Habima no fim de uma marcha
de dois quilômetros.
Ela advertiu que o movimento dos israelenses indignados não vai parar: “Os
novos israelenses não vão desistir. Vão exigir mudanças e não vão parar até as
soluções chegarem”.
A líder estudantil falou de uma nova geração que redescobre o ativismo
político do Chile à Europa e ao Oriente Médio: “Minha geração sempre se sentiu
como se cada um estivesse sozinho neste mundo, mas sentimos solidariedade.
Tentaram nos desqualificar como crianças idiotas ou como extremistas de
esquerda.”
Em Jerusalém, o protesto reuniu 50 mil pessoas.
Durante reunião ministerial neste domingo, o primeiro-ministro
direitista Benjamin Netanyahu afirmou que “o
governo tem o dever de corrigir as desigualdades sociais”.
Netanyahu pediu a seus ministros “um equilíbrio entre sensibilidade
social e responsabilidade econômica”.
Para as ruas, esse é um discurso vazio.
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