Helicópteros das Nações Unidas e da França dispararam mísseis hoje contra as forças leais ao presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que perdeu o segundo turno da eleição presidencial, em 28 de novembro de 2010, mas se nega a deixar o cargo e está entrincheirado no palácio presidencial em Abidjã, a maior cidade do país.
Gbagbo sobreviveu ao ataque num abrigo subterrâneo e seus generais começaram a desertar.
Diante do clima de guerra civil, a França mandou mais 150 soldados, elevando para 1.650 seu contingente no país africano.
Um diplomata da ONU estima que 50 mil soldados tenham desertado desde que as forças do presidente eleito, Alassane Ouattara, entraram em Abidjã, a antiga capital e capital econômica marfinense.
Dias depois do segundo turno, Ouattara foi declarado vencedor pela Comissão Eleitoral Independente, com 54% dos votos válidos contra 46% para Gbagbo.
Sua vitória foi reconhecida pela ONU, a União Europeia e a União Africana. Mas o presidente alegou fraude, conseguiu a anulação de parte dos votos do oposicionista pelo Tribunal Constitucional (supremo tribunal) e se declarou reeleito, criando o impasse que levou ao reinício da guerra civil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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