Os primeiros sete de um grupo de 52 presos políticos cubanos que devem ser libertados nos próximos quatro meses e expulsos do país chegou hoje a Madri. Pelo menos 20 concordaram em viajar para o exílio com suas famílias, mas pelo menos cinco se recusam a deixar Cuba.
Discretamente, para não chamar a atenção, os presos foram levados de ônibus diretamente para o avião, frustrando jornalistas e ativistas dos direitos humanos que foram até o aeroporto de Havana se despedir.
Para Elizardo Sánchez, presidente da comissão independente de direitos humanos de Cuba, "o governo fez tudo clandestinamente, como se fossem terroristas ou traficantes de drogas".
A bordo do voo da companhia Air Europa, um passageiro filmou os presos políticos cubanos para registrar a viagem.
Na chegada, em nome dos companheiros, Julio César Gálvez Rodríguez leu uma declaração. Eles agradeceram à Igreja Católica, à Espanha, ao mártir Orlando Zapata Tamayo, que morreu em 23 de janeiro depois de 85 dias de greve de fome, ao jornalista e psicólogo dissidente Guillermo Coco Fariñas, um veterano das intervenções militares de Cuba na África que fez 135 dias de greve de fome, e às Damas de Branco, mulheres, mães e filhas de presos políticos que marcham todo domingo por sua libertação.
Todos faziam parte do chamado Grupo dos 75 presos na Primavera Negra de 2003. Agora, prometem lutar do exílio pela libertação dos outros 115 presos políticos cubanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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