O ministro do Trabalho e Previdência Social e ex-tesoureiro do partido no poder, Eric Woerth, foi intimado a depor no escândalo que paralisa a política francesa.
No caso, o presidente Nicolas Sarkozy é acusado de receber financiamento eleitoral ilegal da mulher mais rica da França, Liliane Bettencourt, principal acionista da L'Oreal, a maior fabricante mundial de produtos de beleza. Bettencourt está sob investigação de fraude fiscal.
Ao mesmo tempo, Woerth precisa lutar pela controvertida reforma previdenciária de Sarkozy, que aumenta de 60 para 62 anos a idade mínima para se aposentar, defender a si mesmo, a sua mulher e ao partido, ao presidente. Sua carreira política corre sério risco.
Ontem, o Conselho de Ministros autorizou a polícia a ouvir Woerth, que tem imunidade. Ele terá de explicar, entre outras questões, por que sua mulher foi trabalhar numa empresa que administra a fortuna de Liliane Bettencourt, de 17 bilhões de euros, cerca de US$ 39 bilhões.
O gestor da fortuna, Patrice de Maistre, declarou à polícia que Florence de Woerth recebia 12 mil euros por mês, mais 50 mil euros de bônus e carro à disposição. Ela depôs ontem durante cinco horas à Polícia Fazendária e saiu sem ser acusada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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