Por 60 a 39, com o apoio de três republicanos e apesar da resistência de Wall St., o Senado dos Estados Unidos aprovou hoje a mais ampla reforma do sistema financeiro do país desde a Grande Depressão (1929-39), que deve ser assinada pelo presidente Barack Obama na próxima semana.
Obama festejou o resultado, prometendo que daqui para a frente o dinheiro do contribuinte americano não será mais usado para salvas instituições financeiras quebradas.
A nova regulamentação proíbe os bancos de fazerem operações de alto risco, cria uma câmara de compensação para operações com derivativos, dá poderes ao governo para dividir empresas financeiras consideradas grandes demais para falir, amplia os poderes de fiscalização da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA e cria uma agência de proteção ao consumidor de produtos financeiros.
Agora, quando uma empresa vender títulos em operações em que aposta contra, como fez o banco Goldman Sachs, prevendo o colapso do mercado imobiliário, terá de alertar o consumidor.
Por sinal, o Goldman Sachs fez um acordo com as autoridades dos EUA, concordando em pagar US$ 550 milhões de multa por ter enganado o consumidor. Parte do dinheiro vai ressarcir clientes lesados pelo banco.
"É uma gota no oceano para o Goldman Sachs", observou um comentarista da BBC, "mas o que importa é estabelecer o princípio de responsabilidade pelos erros cometidos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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