Em depoimento à Polícia Fazendária da França, o administrador da fortuna da mulher mais rica do país, a bilionária Liliane Betencourt, maior acionista da L'Oreal, a maior empresa de cosméticos do mundo, implicou o ministro do Trabalho e da Previdência Social, Eric Woerth, revelou hoje o jornal Le Monde.
Como tesoureiro da União por um Movimento Popular, o maior partido de direita da França, Woerth é acusado de ter recebido 150 mil euros, cerca de R$ 330 mil, em dinheiro vivo para a campanha eleitoral do presidente Nicolas Sarkozy em 2007.
A lei francesa só permite doações de pessoas físicas até o limite de 7,5 mil euros (R$ 16,5 mil) por ano, e de 150 euros (R$ 330) por ano em dinheiro vivo. E a herdeira da L'Oreal está sendo investigada por sonegação fiscal.
Patrice de Maistre, gestor da fortuna de Lilliane Bettencourt, revelou em seu depoimento que Woerth pediu um emprego para a mulher: "Ele me pediu para receber sua esposa e a aconselhar sobre sua carreira".
Nesta semana, o presidente Sarkozy negou qualquer irregularidade no financiamento de sua campanha e atribuiu as acusações aos adversários da reforma previdenciária que aumenta a idade mínima para se aposentar de 60 para 62 anos. Mas persistem várias dúvidas e a cada dia novas alegações implicam seu ministro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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