LONDRES - O fundador e editor-chefe do site de internet Wikileaks, especializado em denunciar abusos cometidos pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, defendeu a divulgação na Internet de mais de 90 mil documentos secretos sobre a intervenção militar no Afeganistão.
Julian Assange alega ter revelado "crimes de guerra".
Para a Casa Branca, a divulgação de segredos militares é "irresponsável" por colocar em risco os 130 mil soldados estrangeiros, sendo 90 mil americanos, que participam da intervenção militar no país
Os novos documentos já não tão secretos do Departamento de Defesa dos EUA, o Pentágono, dão uma visão inédita dos militares americanos envolvidos de sua experiência em combate no Afeganistão.
Eles mostram que havia um comando de elite, um esquadrão da morte, destinado a matar líderes da rede terrorista Al Caeda e da milícia fundamentalista dos Talebã, sem nenhuma preocupação em prender vivo para levar a julgamento.
Desde 2007, os Talebã têm mísseis antiaéreos. Naquele ano, derrubaram um helicóptero americano Chinook, um risco omitido nas análises públicas sobre o conflito.
A maior ameaça aos soldados estrangeiros hoje são os artefatos explosivos improvisados, bombas de fabricação caseira colocadas na beira do caminho por onde passam as forças dos EUA e da OTAN que invadiram o Afeganistão depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 atrás da rede terrorista Al Caeda e da milícia fundamentalista dos Talebã, que na época governava o país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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