Se não houver acordo na atual rodada de negociações entre o Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para desarmar o programa nuclear iraniano, o diálogo será retomado em sete a de dias, previu hoje o ministro do Exterior do Irã, Javad Zarif.
As negociações ganharam novo impulso com a chegada a Genebra, na Suíça, ontem e hoje, dos ministros do Exterior dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido e da Rússia. Estão avançando, disse o chanceler iraniano à Agência de Notícias República Islâmica, mas ainda há desentendimentos e também divisões entre a China e as outras grandes potências.
Mais cedo, o ministro do Exterior francês, Laurent Fabius, rejeitou um anteprojeto de acordo, exigindo que o Irã suspenda as operações do reator nuclear da usina de Arak. Ontem, ao chegar a Genebra, o secretário de Estado americano, John Kerry, se opôs a um rascunho inicial.
Os Estados Unidos não pretendem fazer grandes concessões nesta fase como suspender as sanções ao Irã. Querem ver primeiro se as promessas do Irã vão se traduzir em ações como parar o enriquecimento de urânio e abrir suas instalações nucleares a inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Com medo de um Irã com armas atômicas, Israel e a Arábia Saudita tentam sabotar um acordo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário