A morte do líder palestino Yasser Arafat depois de uma doença curta e arrasadora, em 11 de novembro de 2004, pode ter sido causada por envenenamento com o elemento químico polônio-210, confirmou hoje um laboratório de Lausanne, na Suíça, que examinou roupas e objetos pessoais onde foram encontradas concentrações do elemento 18 vezes acima do normal.
Arafat estava envenenado quando morreu, alegou o laboratório, afirmando ter 83% de certeza disso, mas não deu a mesma garantia de que seja a causa da morte. Como o polônio é um elemento radioativo rigorosamente controlado por países com tecnologia nuclear, as suspeitas recaem sobre Israel.
O alerta inicial foi dado por um documentário da televisão árabe especializada em notícias Al Jazira, que descobriu quantidades de polônio radioativo muito acima do que seria aceitável na escova de dentes, na dentura postiça e nas roupas do presidente histórico da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
É mais um complicador do processo de paz entre árabes e israelenses, que anunciaram a retomada das negociações sem que o resto do mundo leve muita fé. Como gesto de boa vontade, Israel libertou prisioneiros palestinos. Em compensação aumentou a colonização ilegal do setor árabe de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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