As negociações das cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha com o Irã realizadas em Genebra, na Suíça, terminaram sem um acordo para desarmar o programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções internacionais contra o país, suspeito de estar desenvolvendo armas atômicas, informou o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius. Serão retomadas em 20 de novembro.
Em entrevista à Rádio França Internacional, Fabius declarou haver problemas em torno de duas questões: o que fazer com o reator de plutônio em construção em Arak e com o estoque de urânio enriquecido a 20%, que poderia ser refinado a mais de 90%, teor de urânio-235 necessário para fazer uma bomba atômica.
A França exige a paralisação da obra em Arak nos seis meses de negociações previstos para se chegar a um acordo definitivo, sob a alegação de que produziria grandes quantidades de plutônio, a carga nuclear usada pelos Estados Unidos em Nagasaki.
O acordo proposto permite que o Irã enriqueça urânio a 3,5%, a concentração necessária para a geração de energia elétrica em usinas nucleares. Em troca, seriam liberados fundos congelados no valor de US$ 3 bilhões e aliviadas as sanções nos setores automobilístico, de ouro, petroquímica e em peças de reposição para aeronaves.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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