O acordo que as grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha tentam fechar nesta semana com o Irã para a construção da usina nuclear de Arak, suspende o enriquecimento de urânio e autoriza a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a fazer inspeções irrestritas nas instalações nucleares iranianas, disseram fontes do governo dos Estados Unidos ao jornal israelense Haaretz.
As bases do acordo foram reveladas pelo presidente Barack Obama aos líderes do Congresso. Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu repudiou o acordo, afirmando que o Irã poderia produzir a cada três meses material suficiente para fazer uma bomba atômica.
Com a vitória do moderado Hassan Rouhani na eleição presidencial de junho em meio a uma grave crise econômica causada pelas sanções internacionais e o desejo do governo Obama de evitar uma ação militar de Israel contra o Irã, capaz de incendiar o Oriente Médio, as negociações para evitar que o regime fundamentalista iraniano tenha armas nucleares têm sua maior chance de sucesso.
Ao mesmo tempo, Israel estaria negociando com a Arábia Saudita, inimiga do regime xiita iraniano na luta pela supremacia ideológica no islamismo, apoio a uma possível campanha aérea contra as instalações nucleares da república dos aiatolás.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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