Duas explosões que tiveram como alvo a Embaixada do Irã no Líbano mataram pelo menos 23 pessoas, inclusive o adido cultural iraniano em Beirute, hodjatoleslã Ebrahim Ansari, informou hoje a Agência de Notícias República Islâmica (ANRI). Outras 146 pessoas saíram feridas.
Foi o terceiro atentado contra alvos xiitas em Beirute desde junho. O primeiro terrorista suicida chegou de moto e detonou os explosivos que trazia junto ao corpo diante do portão principal da embaixada iraniana às 9h42, uma hora de grande movimento. A segunda explosão, de uma caminhonete Renault Rapid, muito mais forte, de uma bomba de cerca de 50 quilos, ocorreu há 50 metros de distância.
As Brigadas Abdullah Azzam, um grupo jihadista sunita à rede terrorista Al Caeda, reivindicaram a autoria do ataque realizado por dois homens-bomba em protesto contra a intervenção do Irã e da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), sua aliada, na guerra civil na Síria. Os jihadistas exigem a retirada do Hesbolá do Líbano.
Na prática, o atentando deve aumentar a determinação do Irã e da ditadura de Bachar Assad de controlar a região estratégica de Calamum, na Síria. Neste momento, uma ofensiva do Hesbolá com apoio iraniano prejudicaria as negociações do Irã com os Estados Unidos e os outros membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para desarmar o programa nuclear do país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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