O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, interrompeu ontem uma visita ao Oriente Médio e foi para Genebra, na Suíça, para participar das negociações para desarmar o programa nuclear do Irã. Os ministros do Exterior da França, Laurent Fabius, e do Reino Unido, William Hague, fizeram o mesmo. Hoje, o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, vai se juntar a eles.
A expectativa é de que seja feito um acordo preliminar entre as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) para suspender temporariamente as sanções à república islâmica. Em troca, o Irã pararia de enriquecer urânio acima de 3,5%, o teor necessário para geração de energia elétrica em reatores nucleares.
Este acordo preliminar, a ser fiscalizado através de um sistema de inspeções irrestritas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), daria tempo para uma negociação de fundo.
Quem reagiu duramente foi o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, denunciando o que considera um "mau acordo para a sociedade internacional". Na sua opinião, "o Irã conseguiu tudo o que queria, o fim das sanções e continuar enriquecendo urânio, em troca de nada".
Sob pressão de seu maior aliado no Oriente Médio, o secretário de Estado americano chegou a Genebra fazendo questão de deixar claro que "ainda não houve acordo".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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