Moreno deixa o cargo em 2 de dezembro. Será adido econômico da Embaixada da Argentina na Itália, o que significa que foi afastado do jogo político interno como uma das figuras mais impopulares do governo.
Como xerife do congelamento de preços e do protecionismo econômico argentino, Moreno era responsável por fiscalizar preços, barrar importações e restringir a compra de dólares. Esses poderes agora devem ser concentrados no ministro da Economia, Axel Kicillof, um "marxista com um discurso neokeynesiano condicionado com pitadas de peronismo", na definição de Ariel Palacios, o excelente correspondente de O Estado de S. Paulo em Buenos Aires".
Em abril, o governo decretou o congelamento de preços. Como não haveria novas ofertas a anunciar, Moreno proibiu a publicação de anúncios de lojas de varejo para tirar receita dos grandes jornais argentinos Clarín e La Nación, críticos do governo Cristina Kirchner.
Com a inflação rondando os 25% ao ano, o controle de preços fracassou. Como o mercado não gostou da indicação de Kicillof para ministro da Economia, Cristina resolveu entregar a cabeça mais pedida pelos críticos do governo, do impopular secretário de Comércio Interior. Sua ida para a Itália sinaliza a intenção de escapar de processos por abuso de poder.
No mês passado, o kirchnerismo perdeu eleições para renovação parcial do Senado e da Câmara, conquistando apenas 31% do total de votos. Precisa de uma reforma profunda para enfrentar a eleição presidencial de 2015.
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