“Eu, o juiz Adnan Mohammad al-Bakkour, procurador-geral da província de Hama, declaro que renuncio em protesto contra as práticas selvagens do regime contra manifestantes pacíficos”, afirmou o juiz.
Na véspera do ataque a Hama de 31 de julho, denunciou Bakkour, as forças de segurança execturaram sumariamente 72 manifestantes e ativistas presos na penitenciária da cidade.
Pelo menos mais 420 pessoas foram mortas no ataque a Hama e enterradas em covas rasas em parques da cidades, acusou o procurador-geral, prometendo revelar mais documentos depois.
Ele está desaparecido. O governo disse que foi sequestrado na segunda-feira, antes de divulgar sua declaração.
Cinco meses e meio de revolta popular não conseguiram derrubar o ditador, que herdou o poder de seu pai, Hafez Assad. Mas a queda do coronel Muamar Kadafi na Líbia reanimou a oposição síria, que resiste depois de mais de 2,3 mil mortes.
O Irã, preocupado com a possível perda de seu maior aliado no mundo árabe, já negocia com a oposição síria. A ditadura dos aiatolás e da Guarda Revolucionária teme perder o contato com a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), seu principal instrumento na guerra indireta contra Israel.
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