Sem água, combustíveis e energia elétrica há seis dias, a cidade de Derá, berço da revolução democrática na Síria, resiste aos tanques da ditadura de Bachar Assad.
Grupos de defesa dos direitos humanos estimam que pelo menos 600 pessoas tenham sido mortas em um mês e meio de rebelião contra a ditadura do partido Baath, no poder há 48 anos, desde 1963.
Depois da derrota vergonhosa dos países árabes na Guerra dos Seis Dias contra Israel, em 1967, quando as Colinas do Golã, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza foram ocupadas e as forças aéreas árabes destruídas, o coronel da Aeronáutica Hafez Assad tomou o poder na Síria, em 1970.
Hafez Assad governou com dureza. Em 1982, esmagou uma revolta muçulmana na cidade de Hamas. Cerca de 20 mil pessoas teriam sido mortas. Também liderou a rejeição às negociações de paz com Israel, apoiando grupos radicais como a milicia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), no Líbano; e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), na Palestina.
Com sua morte, em 2000, foi substituído pelo filho Bachar Assad. Inicialmente apontado como um possível reformista, Bachar acabou optando por fortalecer sua posição mantendo o regime linha dura que hoje é questionado nas ruas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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