Quando Ossama ben Laden foi morto, o presidente Barack Obama recebeu a seguinte mensagem em código do serviço secreto dos Estados Unidos: "Geronimo EKIA". EKIA significa enemy killed in action (inimigo morto em ação). Mas por que Gerônimo, o herói apache, foi ressuscitado para rebatizar o terrorista mais famoso do mundo? Os índios americanos protestam.
Uma semana depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o então presidente americano George Walker Bush usou a linguagem dos filmes da faroeste ao falar da guerra contra o terrorismo: "No Velho Oeste, havia um cartaz que dizia: Procurado Vivo ou Morto".
Logo, comentaristas americanos começaram a comparar a paisagem árida do Afeganistão e as cavernas que eram esconderijo d'al Caeda com as Montanhas Rochosas, onde o cacique apache se refugiou durante anos, escapando à perseguição do Exército dos EUA.
Aí, na hora de escolher um apelido para Ben Laden, a escolha recaiu sobre o herói da resistência apache à expansão dos EUA a oeste do Rio Mississípi. Os nativos da América não gostaram.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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