NOVA YORK - Navios de guerra dos Estados Unidos fizeram uma patrulha naval perto da Ilha de Tritão, parte do arquipélago das Ilhas Paracel, no Mar do Sul da China, onde o regime comunista chinês tem disputas territoriais com vários países vizinhos, neste caso específico com Taiwan e o Vietnã. É um sinal do crescente descontentamento do governo Donald Trump com a China.
Depois de acusar a China de manipular o câmbio e tirar empregos dos EUA durante a campanha, no poder, Trump adotou um tom mais suave, na expectativa de usar a influência chinesa junto à ditadura stalinista da Coreia do Norte para controlar o programa nuclear norte-coreano.
A China domina a ilha desde 1974, quando tomou seu controle do Vietnã, e reivindica 90% do Mar do Sul da China. A demanda chinesa foi rejeitada no ano passado pela Corte Permanente de Arbitragem, em caso iniciado pelas Filipinas, mas o governo de Beijim ignorou o resultado.
Trump deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a reunião de cúpula do Grupo dos 20 (as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia), a ser realizado em 7 e 8 de julho de 2017 em Hamburgo, na Alemanha.
Os chineses alegam não ter poder para mudar o comportamento errático do seu aliado do Norte, mas também usam o conflito como uma carta na manga para negociar com os EUA. O próprio Trump já admitiu que a estratégia não deu resultado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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