Em mais uma derrota do presidente Donald Trump, o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma proposta para acabar com o programa de universalização da cobertura de saúde do governo Barack Obama sem substituí-lo por outro, noticiou o jornal The New York Times.
Sete senadores do Partido Republicano se uniram aos 48 da bancada do Partido Democrata para votar contra a "rejeição limpa" defendida pelo senador libertário Rand Paul, que é contra a participação do Estado na cobertura de saúde.
O fracasso da proposta reflete a divisão na bancada republicana. Enquanto a maioria quer reduzir a participação do Estado no sistema de saúde, alguns senadores temem a reação popular ao fim da Lei de Atendimento de Saúde a Preços Acessíveis, o que pode deixar 20 milhões de americanos sem cobertura.
A reforma da saúde continuará em debate até o fim da semana. Os republicanos cogitam rejeitar apenas partes do programa de Obama, como a obrigação de ter seguro-saúde e de que as grandes empresas ofereçam cobertura a seus empregados.
Mesmo assim, o impacto no sistema de saúde seria enorme, advertiu o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), bipartidário, com risco de deixar mais 15 milhões de pessoas sem seguro-saúde.
O chamado Obamacare impôs a obrigação de ter plano de saúde, obrigou empresas a financiar a cobertura de seus funcionários, proibiu os planos de saúde de excluir doenças preexistentes, criou um imposto sobre lucros financeiros para aumentar o orçamento do Medicaid, o programa de saúde para os pobres.
Ao cortar o orçamento do Medicaid em US$ 900 bilhões e reduzir impostos sobre aplicações financeiras que beneficiam os ricos, e especialmente os muito ricos, o Partido Republicano corre o risco de perder a maioria na Câmara e no Senado nas eleições intermediárias de 2018.
Se com maioria o governo Donald Trump não conseguiu fazer nada além de aprovar a nomeação do juiz conservador Neil Gorsuch para a Suprema Corte, sem maioria o risco de impeachment de Trump seria muito maior.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
Senado rejeita revogar programa de saúde de Obama sem substituição
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