A milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá anunciou ontem a retomada de um vale estratégico que era o último reduto da Frente pela Conquista do Levante, braço da rede terrorista Al Caeda, na fronteira da Síria com o Líbano, informou o jornal conservador israelense The Jerusalem Post.
Ao lado do Exército da Síria, o Hesbolá reconquistou o vale de Wadi al-Kheil, em Juroud Arsal, uma zona de fronteira montanhosa que foi esconderijo para jihadistas da rede Al Caeda e da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Pelo menos 19 milicianos do Hesbolá e 130 jihadistas sunitas morreram na batalha. O Hesbolá, financiado e treinado pelo Irã, é a principal força terrestre de apoio do Exército na guerra civil da Síria.
Como os xiitas dominam hoje o governo de Bagdá e milícias xiitas, inclusive iranianas, participam da guerra contra o Estado Islâmico no Iraque, o Irã está criando um Crescente Xiita, um arco que vai do território iraniano até o Mar Mediterrâneo passando pelo Iraque, a Síria e o Líbano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
O que representa esta retomada para o Líbano Nelson? Quais as implicações que esta retomada traz?
Eu sei que os libaneses não estão nada satisfeitos com estes ataques!
O Líbano está dividido desde a guerra civil. O Hesbolá é mais forte do que o Exército do Líbano.
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