Quando tomou Mossul, há pouco mais de três anos, diante do colapso do Exército do Iraque, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante teve acesso a uma série de armas americanas de última geração e até mesmo de material radioativo que permite fazer uma bomba nuclear suja, revelou o jornal The Washington Post.
Num campus da Universidade de Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, estavam guardadas duas caixas de cobalto-60, um elemento altamente radioativo. Em medicina nuclear, o cobalto-60 é usado para tratamentos de radioterapia contra o câncer. Nas mãos dos terroristas, pode ser uma arma perigosa.
A chamada bomba suja não explode como a verdadeira bomba atômica. Espalha no ambiente um material radioativo para matar a causar pânico. Os serviços secretos ocidentais sabiam do cobalto-60. Nos últimos três anos, observaram ansiosamente à espera de sinais de que o Estado Islâmico tentasse usar o material para fabricar armas.
Durante a Batalha de Mossul, no início deste ano, o governo iraquiano conseguiu entrar no campus. As caixas de cobalto-60 estavam no mesmo lugar de antes da invasão. Os especialistas dos Estados Unidos acreditam que os milicianos temeram contaminar a si mesmos ao manipular o cobalto-60. Não tiveram capacidade técnica para produzir um artefato nuclear.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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