Depois do teste de um míssil balístico intercontinental, os Estados Unidos deixaram claro ao regime comunista da Coreia do Norte de que estão prontos para a guerra, se forem provocados. Um ataque específico às instalações nucleares norte-coreanas estaria descartado por enquanto, pelo risco de levar a uma guerra total. Mas está sendo cogitada cada vez mais.
Os EUA rejeitam a proposta da China e da Rússia de que o programa nuclear da Coreia do Norte deve ser desativado em troca do fim dos exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul. E ameaçam atacar.
Na véspera do primeiro encontro de cúpula entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que deve ocorrer durante a reunião do Grupo dos Vinte (19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) em Hamburgo, na Alemanha, em 7 e 8 de junho de 2017, os EUA e a Rússia se degladiaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A embaixadora americana, Nikki Haley, alertou que "o tempo é curto" para uma solução diplomática. O governo Trump está disposto a usar a força antes que a ditadura stalinista de Pionguiangue aperfeiçoe o míssil testado ontem para ter capacidade de bombardear o território americano
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Os EUA anunciaram a intenção de propor uma nova resolução ao Conselho de Segurança ampliando as sanções contra a Coreia do Norte. Mas a China e a Rússia, que têm poder de veto, ameaçam vetar tanto o endurecimento das sanções como qualquer ação militar amparada pelo Capítulo 7 da Carta da ONU, que autoriza o uso da força.
Nikki Haley desafiou chineses e russos a vetar: "Se estão satisfeitos com as ações da Coreia do Norte, vetem. Se querem ser amigas da Coreia do Norte, vetem."
Em Seul, o comandante militar americano na Coreia do Sul, general Vincent Brooks, declarou que as forças dos EUA e da Coreia do Sul estão prontas para ir à guerra contra o Norte, se receberem ordens para isso: "O autocontrole, que é uma escolha, é tudo o que separa um armistício da guerra. Podemos mudar de opção se recebermos ordens. Seria um erro grave para qualquer um acreditar em qualquer coisa em contrário."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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