O presidente Nicolas Sarkozy realizou uma reforma ministerial em busca da popularidade perdida por causa da crise econômica e da recente onda de protestos contra a reforma da previdência, mas manteve o primeiro-ministro François Fillon. A oposição socialista acusou a mudança de levar o governo mais para a direita.
Nas últimas semanas, havia uma forte especulação de que o ministro do Meio Ambiente, Jean-Louis Borloo, considerado mais centrista, seria nomeado chefe de governo. Mas ele deixou o governo, assim como os ministros do Exterior, Bernard Kouchner, um socialista nomeado por Sarkozy num golpe contra a oposição; e do Trabalho e Previdência Social, Eric Woerth, arquiteto da impopular reforma previdenciária.
Fillon, descrito pelo jornal de esquerda Libération como "guardião" de Sarkozy e "hiperprimeiro-ministro", teria mantido a chefia de governo por ser mais popular do Borloo. O Libé ironiza a ideia de que o "superpresidente" da França, palavra usada para descrever o dinamismo e a ambição de Sarkozy, precise reconduzir o primeiro-ministro ao cargo.
Também ficam onde estavam o ministro do Interior, Brice Hortefeux, e a ministra de Economia e Finanças, Christine Lagarde, uma advogada e ex-executiva de empresas transnacionais que fala inglês fluentemente. É uma espécie de superembaixadora da França junto ao mercado financeiro internacional.
A ministra da Justiça, Michele Alliot-Marie, substitui Kouchner nas Relações Exteriores.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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