Numa tentativa de acalmar os mercados de bônus de dívidas soberanas antes da reabertura na segunda-feira, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional deve anunciar amanhã o plano de ajuda de emergência à Irlanda, no valor de 85 bilhões de euros, cerca de R$ 195 bilhões.
Nesta semana, o primeiro-ministro Brian Cowen anunciou um plano de ajuste fiscal para economizar 15 bilhões de euros, cerca de R$ 35 bilhões, nos próximos quatros, e assim se qualificar para receber o empréstimo de emergência, com juros de 5% ao ano.
Serão 10 bilhões de euros em cortes de gastos e 5 bilhões de euros em aumentos de impostos. O salário mínimo e as pensões dos trabalhadores que entrarem a partir do ano que vem no mercado de trabalho vão diminuir, mas o imposto sobre empresas, de apenas 12,5%, foi mantido como base para uma retomada do crescimento.
Há muitos protestos porque a Irlanda está há dois anos em recessão, desde o estouro da bolha da especulação imobiliária, que abalou um sistema financeiro com bancos superalavancados. As novas medidas de contenção tendem a agravar a crise econômica no primeiro momento.
Sob intensa pressão para renunciar, o primeiro-ministro prometeu convocar eleições antecipadas assim que o orçamento para 2011 seja aprovado pelo Parlamento (Dáil). A proposta deve ser apresentada aos deputados em 7 de dezembro, o que torna mais provável a realização de eleições em fevereiro ou março.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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