Em discurso ontem no Parlamento da Irlanda, o primeiro-ministro Brian Cowen insistiu mais uma vez que o país não precisa de ajuda de emergência. O problema é que o agravamento da crise da dívida irlandesa já obriga Grécia, Espanha e Portugal a pagar juros mais altos para refinanciar suas dívidas.
Diante da recusa da Irlanda em aceitar uma ajuda de emergência de 100 bilhões de euros, a UE negocia com o FMI uma ajuda aos bancos irlandeses, que são o foco do problema.
Quando a crise começou, a Irlanda não tinha problemas de contas públicas, mas bancos muito endividados por causa da crise no setor imobiliário. O governo assumiu o prejuízo, temendo o colapso do sistema financeiro do país.
Um deputado democrata-cristão alemão diz que a Irlanda precisa aumentar o imposto sobre empresas, uma velha reclamação de países com carga fiscal elevada como Alemanha e França. Como a crise irlandesa não começou no setor público, a declaração foi vista como uma jogada oportunista para aproveitar o momento para pressionar a Irlanda a acabar com uma vantagem comparativa em relação aos sócios europeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário